Todos estamos conscientes que vivemos
num mundo em que o “digital” se instalou, está connosco em todo o lugar, a toda
a hora. Como não podia deixar de ser também nas escolas os computadores fazem
parte do quotidiano das nossas aulas e salas. Hoje, a inclusão do computador no
ambiente educativo é uma imposição.
No entanto, segundo Luís Borges
Gouveia, o importante não são os
computadores mas sim o que nós fazemos com eles ou ainda segundo José
Pacheco e Alda Pereira (citando Gros): só "quando o computador se tornar
invisível nos cenários educativos, quando for transparente para os seus
utilizadores, ele poderá fazer parte da cultura escolar e a sua apropriação
será efetiva por parte dos seus utilizadores".
"O
sucesso da utilização das tecnologias na educação é fundamentalmente
pedagógica", como refere Alda Pereira. O
desenvolvimento das novas tecnologias não diminui em nada o papel do Professor,
antes o modifica profundamente, constituindo uma oportunidade que deve ser
plenamente aproveitada. Certamente que o Professor já não pode, numa sociedade
de informação e de conhecimento, limitar-se a ser difusor do saber. Avocará
outras funções, nomeadamente, promover a pesquisa e a colaboração
multidisciplinar. Terá um papel fundamental no incentivo dos alunos para a
interacção e o debate de ideias, propondo-lhe trabalhos e críticas reflexivas,
promovendo simultaneidade de papéis. A atenção do professor terá que se centrar
no despertar do aluno, tornando-o atento ao que o rodeia, para que esteja
preparado para novas situações, imediatas ou futuras. Torna-se parceiro de um
saber coletivo que lhe compete organizar
Sendo assim, o Professor deixa de se
apresentar como o núcleo do conhecimento para se tornar um otimizador desse
mesmo conhecimento e saber, convertendo-se num:
-
Organizador do saber;
-
Fornecedor de meios e recursos de aprendizagem;
-
Estimulador do diálogo, da reflexão e da participação crítica.
Neste domínio, como em tudo o que
implica mudança não existem fórmulas milagrosas. Para além da inclusão de
tecnologia como suporte à transmissão de conhecimentos, não pode ser esquecido
o elemento cognitivo comportamental dos alunos, havendo por isso a necessidade
de uma reestruturação dos modelos pedagógicos, que deve começar por incluir, na
formação inicial de professores, conceitos, métodos e técnicas que os habilitem
para este novo desafio.
Por sua vez, o papel do aluno também se
altera perante o aumento exponencial das hipóteses de pesquisa. As Tecnologias
da Informação puseram à sua mercê inúmeras fontes de informação, mas há que
saber pesquisar, procurar e, ainda mais importante, saber gerir a informação
que é recebida. O diálogo com o professor é fundamental e insubstituível.
Com este novo modelo de aprendizagem
tenta-se dar ao aluno um papel diferente, mais interventivo, gerador de
conhecimentos com a informação que ele próprio obtém, mas sempre orientado e
motivado pelo professor.
O sistema de ensino baseado neste
modelo tenderá a estimular a criatividade e a dinâmica da aprendizagem na sala
de aula e fora dela, esperando-se resultados cada vez melhores.
A performance dos alunos no intercâmbio
de informações é de especial importância, seja com os professores e/ou com os
seus pares.
Estas alterações não são mais que o
acompanhar das transformações sociais.
Robert Branson na sua obra “paradigma”
fala deste novo processo de ensino - aprendizagem baseando-se na alteração dos
papéis e das competências do docente e do discente alterando-se assim o
paradigma da educação: o professor
deixará de ser o detentor do conhecimento e o aluno apenas o recetor.
Será o uso das novas tecnologias que
irá alterar a forma de ensinar?
Será que pode ser um recurso base para
essa alteração?
Ficam aqui estas dúvidas mas uma
certeza todos nós temos – PARA ALTERAR O PARADIGMA DA EDUCAÇÃO É NECESSÁRIO QUE
TODOS OS QUE FAZEM PARTE DO PROCESSO TENHAM FORMAÇÃO ADEQUADA E VONTADE,
vontade de aprender, vontade de ensinar, vontade de mudar…
Maria Jesus
Pereira
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